quarta-feira

Com as ondas indo e vindo, com os pés à beira do mar, às vezes coberto com as águas, às vezes exposto ao sol, mas sempre com gotas de água ao seu redor. O castelo de areia, as ondas levaram, seus versos rabiscados se ocultavam sob as pegadas. Tudo parecia sem nenhuma solidez, sem nenhuma garantia. Opostamente aos constantes momentos de sua vida, a calmaria tomara conta, e relaxara sem perceber.
Sabia que as ondas poderiam arrastá-lo mais tarde, encobri-lo, mas nada seria capaz de afetar tudo o que guardava dentro de si, tudo o que planejara. Sabia que tudo o que possuía valor, não estava próximo aos restos de seu castelo de areia, tampouco suscetível às águas do mar.
Poderia planejar tudo ali, na maresia, as águas poderiam fazê-lo sonhar, mas nunca concretiza-los. Assim como o mar persistia em continuar seu trabalho, deveria ir atrás daquilo que idealizara.
Fechara o olho, adormecera, mas o mar não o levou...

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